quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bolsas pulsáteis que favorecem o movimento.

Na aula de balé da Valéria Mattos de hoje de manhã, surgiu à questão de pensar em movimentação de tronco, separando a parte superior (cintura escapular) da parte inferior (cintura pélvica). Logo pensei nas bolsas pulsáteis de Stanley Keleman, a bolsa da cabeça, do peito, barriga, bacia, e comecei a pensar em minhas bolsas, suas qualidades e conexões entre elas. A importância de manter a autonomia delas sem desconectá-las por completo.

Como é difícil pensar em manter a forma desejada e todas as bolsas pulsando ao mesmo tempo. Como sem querer alguma ou mais de uma ficam com mais pressão do que outras, ou até mesmo ocorrendo o abandono. O histórico formativo interfere nessa busca, pois o padrão conhecido até hoje prevalece sem nos darmos conta. Refletir e sentir o tempo todo, traz um alerta da questão que considero fundamental: " Como faço o que eu faço?" e com essa resposta um pouco clara podemos dar um próximo passo e questionar: " Como crio repertório corporal para fazer de forma diferente?" ou ainda " Como me potencializar utilizando outras maneiras de fazer o que faço?".

Criar repertório corporal é uma busca constante e necessita paciência e experimentações constantes. Ver o outro, trazer o conhecimento do outro para meu corpo (co-corpar) colabora nessa busca. Existem diferentes caminhos para ampliar o repertório corporal, atualmente sinto que é um processo no qual preciso compreender meu corpo e como me movimento antes de pensar em alterá-lo, assim não violento minha estrutura física e preparo meu corpo para transformações conforme vou me preparando para isso.

A busca do movimento contínuo e orgânico necessita não apenas de consciência corporal, mas também executar esses movimentos permitindo que o corpo todo converse sem pressão, ou abandono, simplesmente pulsando constantemente.

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